🛑 Quando um professor é agredido, toda a educação sangra

Na última semana, um professor ACT da disciplina de Artes da Escola de Educação Básica Muquém, em Florianópolis, foi covardemente agredido por um pai de aluno. O agressor, que já havia protagonizado episódios anteriores de violência contra funcionários da escola, pertence ao mesmo grupo que defende a militarização do ambiente escolar e a perseguição de professores que ousam pensar diferente.

O ataque não foi apenas contra uma pessoa. Foi um ataque simbólico contra todos nós, educadores. E se engana quem pensa que este é um caso isolado. Cada agressão é parte de um projeto muito maior: o projeto de destruição da escola pública como espaço de pensamento crítico e autonomia pedagógica.

Basta observar os números. Nos últimos três anos, em Santa Catarina, foram registradas centenas de denúncias de ameaças, assédio moral, perseguições políticas e

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 tentativas de censura contra professores. Enquanto isso, vemos um governo estadual que fecha os olhos, corta recursos e empurra a educação para a precariedade, cumprindo o roteiro de quem deseja transformar a escola em depósito de crianças e fábrica de mão de obra barata.

É esse mesmo governo que desmonta políticas públicas, sabota programas de valorização do magistério e alimenta o discurso de ódio contra quem educa. É esse mesmo governo que aplaude quando empresários e políticos ultraconservadores tentam calar a nossa voz e que se beneficia de uma sociedade entorpecida, distraída e incapaz de reagir.

O caso do professor da EEB Muquém é o aviso que faltava: se não nos mexermos agora, se não tomarmos as ruas e não demonstrarmos à sociedade a nossa indignação, mais professores serão violentados, ameaçados, humilhados e silenciados.

Não podemos normalizar o inaceitável. Não podemos aceitar que um pai, qualquer pai, ache legítimo invadir a escola e agredir um educador porque discorda das suas ideias. A escola não é quartel, não é trincheira de ódio e não é propriedade privada de nenhuma ideologia.

Por isso, nós, professores e professoras, precisamos deixar nossas diferenças de lado e construir uma resposta coletiva. Precisamos demonstrar, com a força da nossa unidade, que não seremos vítimas passivas desse projeto de destruição.

📢 No dia 10/07, vamos paralisar nossas atividades.
📢 Vamos mostrar que não há escola sem professor.
📢 Vamos provar que nossa dignidade não está à venda e não será pisoteada.

Se não lutarmos agora, seremos cúmplices do fim que eles planejam: uma educação desfigurada, sem alma, sem liberdade e sem professores que ousem pensar.

É hora de reagir.
É hora de resistir.
É hora de lutar.